domingo, 10 de agosto de 2008

PROBLEMAS DA SIDA

"Eu queria ajudar o meu filho a ter uma vida menos conturbada com a SIDA.
A Alice, que foi sua aluna, deu-me o endereço. Como há alguns anos o meu marido se envolveu com outra mulher e abandonou o lar, eu tive de trabalhar arduamente para sustentar a família. Então o nosso único filho parece que se ressentiu disso e meteu-se na droga. Pelo menos foi esta a justificação que me deu para abandonar os estudos aos 21 anos, quando frequentava um curso de artes fotográficas. Não sei em que companhias andou porque, quando o pai se afastou sem dar qualquer notícia de si, as minhas preocupações aumentaram e talvez não tivesse dado ao meu filho a atenção e cuidados de que necessitava. Agora, a minha preocupação é tentar «salvar os cacos». Haverá alguma coisa que eu possa fazer para ajudar o meu filho a sair da triste situação em que se encontra? Pergunto isto porque me aconselharam a recorrer a este blog dando-me o seu e-mail. Será que ainda posso fazer alguma coisa por ele? Segundo o meu raciocínio, parece-me que não, mas a esperança é a última a morrer. "



Recebi o seu «pedido de socorro» há dias. Como era difícil responder tentando dar alguma solução favorável, fiquei à espera de conseguir ter qualquer ideia que pudesse ajudar a «aliviar a situação».
O vício da droga, como qualquer outro, para tentar aliviar uma situação desagradável com um comportamento inadequado (pode ser álcool, jogo, sexo, radicalismos, etc.), enraíza-se com facilidade porque é aprendido com a satisfação de reduzir a situação desconfortável em que a pessoa se encontra, propvocando reforço secundário negativo.
É a consequência do reforço secundário negativo que geralmente é aleatório e, por isso, ocasiona no indivíduo uma aprendizagem muito forte. Talvez a mais forte de todas. até se tranfroamar no vício. A única forma de contrabalançar a situação é conseguir que um comportamento completamente diferente desse, que é alienante, provoque uma satisfação semelhante ou ainda maior.
No caso do seu filho, seria necessário que ele conseguisse, com o oposto do consumo da droga, obter a satisfação desejada.
Além disso, ele está com SIDA e isso é um compromisso orgânico que não é resolúvel em Psicologia. Nestas condições, apenas para aliviar a situação e deixar a senhora menos angustiada do que já deve estar com os seus problemas conjugais, depois duma desintoxicação efectiva, a adesão do seu filho a uma ordem religiosa ou situação similar, onde possa estar longe das drogas e das restantes companhias, é uma solução razoável.
Para isso, ele tem de ser algum tanto religioso ou crente e aderir ao programa voluntariamente. Caso contrário, o melhor é a senhora pensar em qualquer coisa que não seja a família e tentar criar novos interesses tentando passar o resto da vida com menor angústia do que até agora.
Se não puder «salvar» ninguém pelo menos salve-se a si própria.
Neste caso, o mais importante é conseguir utilizar o reforço do comportamento incompatível com qualquer dos dois: mãe e filho. Foi a única técnica que consegui utilizar com uma senhora «muito viva» em quem, aos 55 anos, foi detectado um cancro maligno, com expectativa de menos de 6 meses de vida.
Se não der resultado, o mais provável é os dois terem de se submeter a sessões de psicoterapia quase infindáveis e com poucos benefícios.
Os livros PARA QUE SERVE A PSICOLOGIA? e teoria, técnicas e previsão de COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO, da Plátano, podem confirmar esta minha resposta.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.

  


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2 comentários:

Anónimo disse...

Li com ansiedade no seu blogue a resposta que me interessava e fui imediatamente adquirir os livros na Plátano. Têm mais do que aqueles que foram indicados e a senhora que me atendeu foi simpática a ajudou-me. Contudo, não fiquei completamente elucidada e, para a semana, vou adquirir mais alguns livros que eles não tinham no momento. Obrigada por tudo. Vale a pena ter informações assim. Por favor, continue com o blogue para ajudar outras pessoas que possam estar em circunstâncias semelhantes às minhas.
Sou a amiga da enfermeira Alice, sua antiga aluna.

Anónimo disse...

Parece que o meu filho também se interessou pelos livros que estou a ler porque os encontrei fora do lugar onde os tinha colocado.
Não percebi muito bem aquilo que fez com a senhora de 55 anos em quem foi diagnosticado um cancro maligno e fatal.
A Alice incentivou-me a voltar a entrar em contacto consigo porque se lembra vagamente de o ter ouvido falar num caso semelhante nas aulas.
Pode-me dar mais algumas informações sobre isso?
Agradeço todo o apoio que me possa dar porque parece que está a dar algum resultado. Terei sorte?
Sou a amiga da Alice.