sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DISLEXIA

“O meu filho tem 9 anos e frequentou este ano o 3º ano de escolaridade.
Sempre foi bem sucedido nos seus estudos, mas ao longo deste ano lectivo, começou a dar muitos erros na escrita e também no cálculo. A professora ficou surpreendida e disse-me que, continuando deste modo, era bem possível que viesse a necessitar de um apoio escolar extra ou poderia vir a ser mal sucedido no 4ºano de escolaridade.
Fiquei preocupada e resolvi marcar uma consulta com um psicólogo nosso conhecido que, como está de férias só o poderá atender a partir do fim de Setembro.
No entanto, enquanto eu estive de férias na Praia da Rocha em casa de uns parentes, tomei conhecimento através de uma amiga deles, estudante de Psicologia no ISMAT, que o

professor de Psicopatologia dela, juntamente com a esposa se tinha dedicado à Psicopedagogia. Soube também que esse mesmo professor mantinha o Psicologia Para Todos através do qual dava informações às pessoas que delas necessitassem.
Poderei receber alguma informação especial que me ajude a resolver o actual insucesso do meu filho?
Além da minha profissão que me ocupa muitas horas, o meu marido está numa comissão de serviço que deve durar mais 8 meses e eu vivo longe dos familiares que me poderiam dar uma ajuda. Tempo disponível, só nos fins-de-semana e feriados; por isso, se o meu filho necessitar de qualquer apoio extra escolar, não conseguirei ajudá-lo regularmente.
Com o enorme desejo que tenho de o acompanhar e para o seu melhor sucesso escolar, até já comecei a ler um livro sobre dislexia.


Pode dar-me alguma ideia que nos leve a uma boa resolução?
Informo que os meus estudos são equivalentes a um bacharelato.
Obrigada pela ajuda que me irá dar com certeza.
Vitalina Lacerda."




Exmª Srª D. Vitalina Lacerda.
Antes de tudo, peço desculpas pela demora.
Estou a responder com algum atraso porque não quis abrir a mensagem electrónica sem ter a certeza de que vinha sem infecções. Toda a cautela é pouca com os vírus que atacam com muita facilidade. Só depois da minha aluna ter telefonado para saber porque não respondia à mensagem, tive a certeza que a mesma era de confiança.
Quanto ao caso do seu filho, seria bom que um psicólogo fizesse o despiste e o acompanhasse. Ele pode ter também alguns problemas psicológicos devido à ausência, do pai, embora temporária.
No caso da filha do Antunes, foi ele próprio que lhe conseguiu dar apoio. Veja como.
Como a senhora começou a ler alguma coisa sobre dislexia, suponho que já deve estar a calcular qual pode ser o problema do filho. Por isso, no âmbito da bibliografia que conheço, posso recomendar que leia o caso do Jorge em REEDUCAR COMO?, especialmente as páginas 63 a 65.
Além disso, os dois livros que lhe fazem companhia são SUCESSO ESCOLAR e APOIO PSICOPEDAGÓGICO.

Repare que pode fazer uma selecção dos itens a ser reeducados, seleccionar, se necessário, o material para a reeducação, fazer a avaliação de progresso, escolher os horários mais convenientes e, essencialmente, utilizar tempos de reeducação pequenos para que a mesma seja mais profícua.
Reservar 10 minutos todas as tardes ou noites para uma pequena reeducação é muito proveitoso porque ocasiona aprendizagem distribuída, aumenta o tempo de interacção com o filho e pode distraí-lo em relação a quaisquer preocupações que ele possa estar a ter com a ausência do pai: é o reforço do comportamento incompatível a funcionar. O Domingo pode ser reservado para uma reeducação mais alargada, com intervalos pelo meio.
No caso do Renato veja como os familiares o puderam ajudar e como a colaboração entre pais e professores deu um óptimo resultado (77 a 93).
No Sucesso Escolar, vai verificar que o problema do Bosco (99 a 114) poderia ser mais «psicológico» do que escolar.
Espero que se lembre de que uma avaliação de progresso é muito importante por causa das nossas «normais» falhas de memória que não deixam avaliar objectivamente os «avanços» e os «recuos».
Desejo-lhe o máximo de sorte para esta tarefa que lhe poderá dar bastantes satisfações no final. E quando o seu marido regressar da comissão não será muito bom ver o filho cada vez melhor?

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.



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6 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da informação dada mas confesso que não conhecia ainda o livro.
Inês Rio.

Anónimo disse...

Os livros que comprei só em Faro não são fáceis de trabalhar.
Vou ver se consigo gastar menos nos reeducadores.
Vitalina

Anónimo disse...

Tal como a Inês Rio, estou a gostar dos livros.
Comecei a treiná-lo na atenção, memória, soletração, articulação, reconhecimento, leitura e cópia de palavras, cerca de 15 minutos todas as noites, depois de chegar do emprego e muito mais tempo no fim-de-semana. Parece que começou a reagir bem. Oxalá que continue.
Vou tentar fazer a tal avaliação de progresso.
Mesmo assim, penso falar com o psicólogo meu conhecido. É pena eu viver em Coimbra e não em Portimão ou Sintra.
As aulas já começaram e vou pedir informações à professora.
Obrigada pela informação.
Vitalina Lacerda.

elisa... disse...

É com agrado que visito este seu agradavel "consultório", agradeço o "sofá", que visitarei regualrmente...
Aqui, onde a psicologia é acessivel a quem dela necessite.

Elisabete 2º ano Ismat

Anónimo disse...

Sou professora do ensino especial e o seu livro já me ajudou.

Anónimo disse...

Li o seu post e lembrei-me de perguntar se me pode ajudar a apoiar o meu filho de 15 anos a ter mais cuidado com a escrita. Dá muitos erros ortográficos. Contudo, gosta imenso de história, ecologia e de biologia. Quase que me obriga a ver com ele os programas da TV ao fim de um dia de cerca de 10 horas de trabalho cansativo.
Poderá dar-me alguma ajuda?
Agradeço antecipadamente.
Celina Fortuna.